Este Blog foi feito com o objetivo de, divulgar a equipe Manacá, além de proporcionar uma boa leitura através da exposição dos assuntos literários estudados por nós ao decorrer do ano letivo de 2009. Esperamos que gostem do nosso blog e desde já contamos com o apoio e a torcida de todos no dia 11 de setembro de 2009 na 8ª Gincana Literária do Colégio Monteiro Lobato.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Manacá


        Manacá é uma obra de Tarsila do Amaral. A posição das flores, das montanhas de fundo são todas estratégicas e com significados diferentes. Apesar de um manacá tradicional ter apenas uma cor, o de Tarsila do Amaral possui duas: rosa e roxo. Tarsila pintou o quadro com "erros", como colocar pétalas desiguais, de cores diferentes, de formas "impossíveis" na natureza entre outras coisas. Ela fez isso para demonstrar a liberdade de representação que caracteriza uma obra de arte. E é justamente através dessa liberdade e nesse "afastamento" de uma linguagem mais descritiva que o artista cria significados que extrapolam o significado meramente referencial, ou seja, que uma pintura representando manacá significasse apenas manacá. A pintura Manacá representa, mas não descreve.

Os sertões: denúncia da violência



A situação de miséria e descaso político fez nascer no sertão nordestino, no final do século XIX, um movimento messiânico de grande importância. Liderados pelo beato Antônio Conselheiro, o grupo de miseráveis fundou às margens do rio Vaza Barris, um arraial. Este, longe do poder dos políticos, representou uma ameaça à ordem estabelecida pela recém inaugurada República. Logo, os canudenses foram atacados com toda força pelas tropas do governo.
As duas primeiras expedições enviadas pelo governo baiano contra o arraial entre 1896 e 1897 fracassam completamente. De março a outubro de 1897, outras duas expedições foram enviadas pelo governo federal e organizadas pelo Exército, a última com seis mil homens e artilharia pesada, conseguiu finalmente tomar e destruir Canudos. Junto a Conselheiro morrem milhares de combatentes e restaram cerca de 400 prisioneiros, entre estes, idosos, mulheres e crianças.
Durante o conflito, os militares mantiveram os jornais sob censura. O país recebia apenas a versão oficial da guerra: a luta da República contra focos monarquistas no sertão baiano. Terminada a guerra, as verdadeiras ações dos vencedores (degola de prisioneiros, tortura, prostituição, estupros e comércio de crianças) continuaram sendo encobertas.
A obra Os sertões, de Euclides da Cunha, publicada cinco anos depois do término do conflito, consiste em uma tentativa de rever a versão oficial da guerra de Canudos.
Com sua obra, Euclides não pretendia apenas contar o que presenciara no sertão. Munido das teorias científicas vigentes (determinismo, positivismo e conhecimentos de sociologia e geografia natural e humana), pretendia também compreender e explica o fenômeno cientificamente.
Os sertões, portanto, constitui uma experiência única em nossa literatura: é uma obra co estilo literário, de fundo histórico (apesar do fato recente) e de rigor científico.
Adotando o modelo determinista, segundo o qual o meio determina o homem, a obra organiza-s em partes: a “ A terra”, que descreve as condições geográficas do sertão “ O Homem”, que descreve os ataques a canudos e sua extinção.
Colocando-se nitidamente a favor do sertanejo, Euclides da Cunha situa o fenômeno de Canudos como um problema social decorrente do isolamento político e econômico do Nordeste em relação ao resto do país. Assim, ele desmitificou a versão oficial do Exercito, segundo a qual o movimento tinha a finalidade de destruir a República.
 

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